_louise bourgeois: "this is a maison fragile, that is to say, it is a walking house wich is obviously top-heavy and very fragile on its legs. it can fall even though it has four legs, because the legs are flexible. it is the solving of a paradox, it has four legs and it should stand, but the fact is that it doesn't stand".
meredith monk: "depois de passar horas em isolamento, com os meus olhos vendados por uma fita adesiva e não tocar em nada com as minhas mãos, fui levada para o espaço de apresentação, onde a minha assistente havia colocado uma variedade de substâncias em seis pratos de vidro. enquanto eu tocava o material, tentava dar uma resposta vocal imediata para o que eu sentia, tanto emocional, quanto fisicamente..." joan la barbara. la monte young. mela foundation. dream house. (pilantropov) clarice lispector: “existe um ser que mora dentro de mim como se fosse casa dele, e é. trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela – apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. seu focinho é úmido e fresco. eu beijo o seu focinho. quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. a menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave. aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai. aviso também que não se deve temer o seu relinchar: a gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez."
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